Durante o dia, a luz dos olhos estende-se num candelabro de pensamentos obscenos que tendem a escurecer de mãos dadas com o tempo. O frio paralisa-os e há um tremor de pensamentos vazios a insistir lugares que não estão vagos mas que vagueiam no degradê escuro dos olhos. E só quando o corpo aquece a alma reparo no molde perfeito que os pensamentos vácuos têm em mim, tão frágeis de nada, pendurados em cruzetas de memórias que já não se fazem lembrar. Eu gosto de sentir nada, é como tudo num frasco sem tampa.
5 comentários:
eu perco-me aqui. vezes e vezes sem conta.
gostei muito
onde desencantas tanta magia? está lindo!
é sempre maravilhoso ler-te
sempre tão bom... nao sejas frasco sem tampa, cuida de ti e sente-te, e a ti e ao coração
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