17/01/12

Durante o dia, a luz dos olhos estende-se num candelabro de pensamentos obscenos que tendem a escurecer de mãos dadas com o tempo. O frio paralisa-os e há um tremor de pensamentos vazios a insistir lugares que não estão vagos mas que vagueiam no degradê escuro dos olhos. E só quando o corpo aquece a alma reparo no molde perfeito que os pensamentos vácuos têm em mim, tão frágeis de nada, pendurados em cruzetas de memórias que já não se fazem lembrar. Eu gosto de sentir nada, é como tudo num frasco sem tampa.

5 comentários:

han disse...

eu perco-me aqui. vezes e vezes sem conta.

Paulinha disse...

gostei muito

Sara Oliveira disse...

onde desencantas tanta magia? está lindo!

Anónimo disse...

é sempre maravilhoso ler-te

ines disse...

sempre tão bom... nao sejas frasco sem tampa, cuida de ti e sente-te, e a ti e ao coração