02/03/12
Lamento que seja demasiado minha e que isso afaste quem não queira ser de si. Lamento desperdiçar o amor que tenho nos olhos. Lamento ser assim. Deito-me no céu do mar à tona em amores desfeitos, vivos do sofrimento dos que amam. Ou inventam amores como dores fingidas. Saliva em beijos secos. Surja quem passeie e me toque que o céu também é azul e se sobrepõe. Há sempre quem lembra a confusão do mar com o céu e esvaí-se-me amor nos olhos. Há quem traga a este véu para não repetir céu, mais que um reflexo do mar. Quem confunda as nuvens com a espuma do arrebentar das ondas. E como num horizonte que se ignora, não se lhe vê o fim e por isso só se sabe que não se acaba.
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1 comentário:
não lamentes, sara
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