19/02/12

És asas caídas. És tempos infinitos cortados aos pedaços. És cortes sobre cicatrizes. És um passeio no passado que nunca passa. És a alma malhada de porcelana. És o mal que ninguém vê. És o cisne que nunca deixou o patinho feio. És escorregadia. És de ceda. Ora um diabo angelical ora um anjo infernal. És o mal das pessoas más. És, és, és também aquilo que não és e aquilo que te falta ser. Foges e tornas-te novelo. Estás sempre a fugir. Não queres escrever, preferes deixar estar. Ficar. Empoeirar. Gostas do pó do que tem valor e de boas histórias e ficas desapontada com a distância sem rumo que vai dentro de ti às palavras que cospes ou acaricias. Serás, para quem gosta de ser, a rapariga que flutua à tona de água e não a que nada com os peixinhos e sorri para os corais. Serás sempre demais com muito menos. 

3 comentários:

cláudiagomes. disse...

Brutal, Sara!

ines disse...

serás sempre demais com muito menos... suspiros suspiros suspiros

mary disse...

Tenho saudades tuas! Muitas. Muitas. Espero que estejas bem. E és cheia de palavras, cheia de amor.
Deixo-te aqui o bem-me-quer do costume!