30/11/11

Eu só evoluo com métodos pouco suaves. Nada de falinhas-mansas e pancadas nas costas, eu preciso que me doa para deixar de doer. A verdade é que passo tempo demais a evitar cortes de coração, nós de garganta, dores de barriga. Mas oh, aprendi comigo que só aprendo a sangrar. Só aprendo da pior maneira porque é a melhor maneira que o chão encontra de me falar. Duro, racional, real e sem corte nenhuma. E depois penso: porquê culpar a realidade pela parte má de tudo? Porquê esta tendência inevitável de quando estamos felizes pensarmos estar num lugar que não aqui? Oh, quando nos sentimos tristes é quando estamos mais longe. Eu ainda não percebo muito bem estes cantos do mundo, o que eles querem de mim e o que as pessoas querem dele. Sabes, penso muito no que é suposto acontecer, alergia aos filmes que vejo e aos livros que leio. As pessoas têm medo da morte porque sabem que lhes falta viver o que lhes está quase e para sempre morto e, muitas vezes, eu sinto medo da vida porque não lhe encontro sentido e ou perco-me em céus infernais ou aprendo a ser pessoa.

15 comentários:

cláudiagomes. disse...

perfeito, sabes?

Anónimo disse...

confesso que as tuas palavras me afectaram. eu passei por uma fase negra da vida, á pouco tempo, e oh, eu tenho medo de seguir em frente e de me levantar sempre que caio, mas as tuas palavras? são o impulso para me levantar e seguir em frente que eu á tanto precisava. e oh, adoro este teu cantinho, e venho aqui espreitar á janela, ver se escreves-te mais nas paredes. fico sempre encantada.

ines disse...

Somos duas, pra aprender alguma coisa é preciso bater com os cornos no chão pra acordar, desculpa a expressão.
E em relação à morte, sinceramente, da minha não tenho medo, mas da dos meus...

Sara Oliveira disse...

nem tudo tem uma resposta... às vezes o melhor é descobrir com meros acasos (:

Sara Oliveira disse...

sim anjo, está tudo mais calmo, o coração e eu. e até o mundo, acho... finalmente.

mary disse...

"As pessoas têm medo da morte porque sabem que lhes falta viver o que lhes está quase e para sempre morto e, muitas vezes, eu sinto medo da vida porque não lhe encontro sentido e ou perco-me em céus infernais ou aprendo a ser pessoa." fez tanto sentido em mim, sarinha. e olha, como a ines disse e muito bem, não tenho medo da minha morte, tenho mais medo da morte dos meus..

mary disse...

olha doce, tenho um blogue novo, mais pessoal..e está privado. queres fazer parte dele? se quiseres, manda-me o teu email, e eu envio-te o convite :)

mary disse...

não não doce! eu só te dei o link, mas eu agora fechei-o. e só pode lá entrar quem me der o mail. é isso que te estou a dizer doce.

mary disse...

não faz mal pequenina, não tem problema <3

mary disse...

na altura quando te mandei o link, não estava privado. agora é que está..e preciso que me dês o teu mail, para te enviar o convite:)

mary disse...

já enviei, doce.

Sara Oliveira disse...

caimos sempre para o lado mais fácil... é normal. mas sim, ainda bem que fui pelo mais dificil, a companhia aqui é ótima! (:

Anónimo disse...

é verdade, já estive nas nuvens, mas já caí tantas vezes, que começo a ganhar medo, de voltar a subir. muito medo. oh doce, eu senti o teu puxão, e oh, muito obrigada flor!

paula. disse...

oh minha querida, adorei o teu blog, já sigo!

e sabes? há momentos assim, eu própria já tive medo da vida, mas quando menos esperares irá aparecer-te algo que te dê força para continuares, vais ver! <3<3

cláudiagomes. disse...

muito obrigada, minha sara :)