24/04/10

íman

Não culpes estas minhas manias, que um dia te atraíram até mim. Repara nos sorrisos que te ofereci e que hoje te esqueces-te deles, repara no formato dos teus lábios que perderam o esboço de um coração perfeito, o teu olhar continua profundo, profundamente perdido. Perdido em nós. Perdido num tempo exclusivamente nosso. Era o expoente máximo da tua vida. Não negues. Não sejas orgulhoso. Sabes tão bem quanto eu, que o teu orgulho me tornou tatuagem e cicatriz, papel a que nunca me submeti por ninguém, a não seres tu. Agarra-me. Toca-me. Beija-me. Transborda a tua raiva desfeita em paixão, a frieza das tuas palavras no calor dos nossos corpos. Vamos ser um só. De novo.

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