21/11/19

Saber

O Saber. O saber tornou-se um modo naturalmente ágil e complexo de agir. O saber de quem sempre quis ser e o era sem saber. Hoje olho para trás e finalmente entendo que a acção de estar acarreta em si todas as formas e mais outras tantas, e quando estas não são moldáveis por não serem identificáveis no olhar ou no falar, todo o saber perde o sentido. Tenho um momento de lucidez quando me apetece escrever, ou apetece-me escrever em consonância com toda a lucidez que sinto neste momento. Muitas vezes esqueço-o, o amor-próprio ou a desilusão do sentir, escorrega-me entre os dedos, a minha lucidez, todas estas palavras, todos estes caminhos, atalhos, formas de ser e de viver. São tão complexos para mim. No entanto, sou. Não o escrevo, mas estou. Estou aqui. Sou de mim. E preciso, cada vez mais, escolher as palavras que ouso falar-me, porque são cada vez menos do que mereço ouvir, mais outras quantas de outros autores que merecem não ser ouvidas. De alguma forma e de outras tantas.


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