O verniz azul-marinho das unhas já gasta e o sangue que prova a língua confunde-se nas paredes da boca. Estou impaciente, frenética, agitada. Sinto-me atada ao meu acordar. Quero correr. E correr. E correr. Estico os dedos das mãos e esvazio o ar da rua, empurrada para trás da janela. Quero uma ganza e já não há erva por aqui. Porra. Preciso respirar e de corpos mudos. Pessoas gentis que suspirem a brisa que me vai na ventania. Preciso de me sentir. E eles querem que eu seja a tinta branca que cobre as paredes do meu quarto.
3 comentários:
tu és linda
e tu como o algodão doce, como chocolate quente e como a magia das noites
que magia que há por aqui
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