21/12/11

Até a liberdade não é livre. E sempre a sós me pergunto até que ponto eu posso estar presa a ti e ser livre livremente. É tudo tão relativo quando se trata de ser livre estando-se preso. É tudo tão certo como estares amarrado à tua própria liberdade e no fundo saberes que não te livras tão cedo e nunca dessa prisão, sabes? É acordares nessa dor tão de flanela que nem parece doer e que é tão masoquista até fazer-se sentir. É tão: wow vale apena. E são pregas de abrigo querer largar-me destas grades que se moldam ao tempo e que me fazem prender às asas e pendurar-me numa nuvem de costas para o sol. E depois eu penso qual seria então o antónimo de liberdade porque para eu me aconchegar entre o sol e o algodão de nuvem eu teria de fechar os raios ao que consideraria ser livre sem ti. E seriam relâmpagos seguidos de tempestades. E de costas para o sol para que ele possa cicatrizar as facadas e os maus tratos que os meus medos de estimação tomam todas as refeições. Tão fantasmas como famintos. E sabes, não me dás hipótese, ser livre sem ti é estar presa e eu estou tão livremente amarrada a um coração tão só de ele mesmo. Ser livre é ser tudo e, seria agarrares-te a nada mas agarras-te ao mundo. E esse tudo é relativo em tudo. E eu só gostava de ser livre livremente. Apagar as luzes ao amor e fundi-lo que, desde sempre, tem sido a minha metade presa sob a minha metade livre. Porque és tu, amor, que cavas estas palavras até ao seu túmulo e acendes que elas quase que eram livres mas prendem-se à vida. Até à vida do que é ser livre contigo estando sem ti e do que é ser livre sem ti estando contigo e oh, esqueçam sabem.

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