16/09/11

Seguidores ou parecido.

Reparo, vezes sem conta, números cheios de seguidores de imensos blogues à minha volta. São tantos e alguns transbordam caramelo. E depois reparo em mim, uma presença muito ausente, que comento um ou outro, mas que leio sempre que posso e dou estrelas, búzios e conchas. Desejo-lhes mares e rios de sorrisos. Dou de longe e nem escrevo de perto a importância que lhes tenho mas sinto-os até ao poço mais fundo de mim. Há palavras que têm a alma parecida à minha. Revejo-me nelas. Encontro-me. É engraçado como ajo sempre como se ninguém soubesse do que sinto, mas há quem o tenha sentido semelhante, passado por parecido, com perspectivas tão deles, tão bem pensadas. E eu penso que é melhor pensar assim. Ou não. Cega doutros reflexos, fazem-me olhar o espelho do coração. Obrigada. Fazem-me bem porque não os conheço e são os únicos que sabem que existe uma rua de mim. Muito obrigada. E eu escrevo o que me apetece, quase sempre em piano, a ouvi-lo, com mais teclas brancas que pretas. Com pensos e cicatrizes. Desfeita em memórias feitas só por si. O que eu pensei enquanto esperava que o semáforo acordasse para o verde. Numa aula menos interessante. A olhar as pedras da calçada enquanto ando. Na moral de um filme que fez todo o sentido. O que a minha vida curta, mas não menos importante, me segreda e magoa. O que eu vejo. O que ficou por ver, por falar, por sentir. Escrevo não para vocês, nem para mim, apenas porque sim. Oh, mas confesso que adoro ler um comentário nesta rua tão quase sem ninguém. É sempre bom. Sabe sempre bem. É um 'Bom dia' ou uma 'Boa noite'. Nunca há trânsito, é calmo, é o meu espaço e eu gosto muito dele.

2 comentários:

ines disse...

Oh, como foi bom ler isto

Emmeline disse...

es tao intensa e profunda