25/09/11

Outono.

Disseram-me que começaste. Senti-te logo o cheiro. Reparei logo nas tuas cores. As estações sentem-se tão bem como as folhas caem das árvores para os bancos e dos bancos para o chão. Tão bem como quando as pisas e ouve-se o Outono. Amores não se fazem mas alguns são desfeitos. Há quem não se sinta e aprenda a amar-se. Música são pianos castanhos-amarelados. Histórias por ler em bancos de jardim. Ventos que nos fecham os olhos e nos sopram memórias até ao coração. As árvores revelam-se nuas de sorrisos e mágoas por contar em folha. Esvoaçam e dançam por aí juntas em rodopios para se compensarem e voltarem a amar. A amar numa nova estação.
Dá-me um Outono bonito,
 Outono-te muito.

2 comentários:

Maria disse...

E o problema é desta nossa ideia louca de acharmos que temos sempre de levar nas costas todos os fardos. Não temos. Não temos e pronto.

Maria disse...

sabe tao bem pisar folhas secas