07/09/11
Cubos de gelo.
Penso que pessoas como eu tornam disparates em grandes coisas e vice-versa. Tenho raiva de mim muitas vezes e em todas elas pergunto-me 'porque é que ninguém é como eu?' ou faz como eu, ou pensa como eu ou sente como eu ou 'porque é que eu sou assim?'. Parecem todos pequenos cubos de gelo. Tão pequenos e tão gelados. Vivem nos seus mundinhos quadrados e magoam em cada canto. Mas obrigada, obrigada por me terem magoado e um obrigada antecipado pela dor do futuro, apenas com uma palavra só, com um espetar de alma, agradeço-vos do lado estragado do coração. Decerto que mais de vocês, pelo prazer ou acaso da vida, vão magoar-me mas em troca vou tentar fazer-vos únicos e belos. E é aqui que a vossa beleza se esconde, neste contraste, nesta força, nestas armaduras que sem vocês não eram nada, não existiam, deram-mas junto com o vosso pior. Os cubos de gelo acabam por derreter e sabe tão bem chegar a uma altura em que as quedas já não sabem a nada.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)

Sem comentários:
Enviar um comentário