23/12/10

Natal? Oh Natal?



No Natal, só as músicas do Frank Sinatra me prendem ao frio, à neve, ás prendas e ao Natal. Sou trespassada por uma névoa de memórias que me congelam as entranhas, chega mesmo a nevar no meu coração. O Natal é cinema. Assisto-o em dias de compras, à espera do autocarro, a apanhar chuva, em cima do telhado, é ridiculamente triste atribuírem um dia para ser Natal. Fiquei discípula da típica despedida da minha professora de Francês. "Feliz Natal" -dizia- e nós "Mas não é Natal" e depois de um sorriso como quem esperava o avesso -"Natal é quando o Homem quiser"- e ela queria-o, pelo menos, todas as vezes que tinha Francês. Eu quero-o todos os dias, talvez assim me adapte à ideia e não faça cara esquisita quando o prove. Mas Natal não é Natal quando não estás. Eu tento não pensar, mas confesso: o Natal é sinónimo da tua ausência. Confesso: O Natal é e sempre será sinónimo da tua ausência mano. Dói, dói, dói. Experimenta ter saudades tuas. Amenizo e danço todas as recentes manhãs e torna-se Verão no meu coração:

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