18/11/10
num sopro (Parabéns)
São 00:30 e dissolves a saudade no sono que não chega. Dói muito mano, doeu muito não lançarmos sorrisos e sopros de vela em conjunto no teu dia de aniversário. Sopros. Sopraram-te de mim. Com o passar dos anos, a tua ausensia é cada vez mais notória, não mais acessível, não mais habitual, não mais presente. Sinto-me vazia, sinto-me a cair, sinto-me sem tudo. Sufoco. Sufoco de nada. E sabes? Eu não consigo escrever-te. As minhas mãos congelam e, se estás realmente aqui comigo, aquece-mas. Tudo o que me levou a ser egoísta e medricas, prende-se no lugar mais ínfimo de mim e não sai, não consegue sair, porque é tudo poça das mesmas lágrimas. Lágrimas de vidro. Dor de vidro. Coração de cristal. Ressoam no quarto escuro, para lá da porta fechada do armário. Ressoam sós, comigo, mas sós. Partem-se, cortam-me e saram, depressa até que as memórias aromáticas me levem e embalem. Nisto são eternas 01:06. Parabéns, num sopro.
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