06/11/10

enquanto dormes

E dormes, cansado do Inverno que te persegue ou do Verão que te afaga os cabelos em segredo e encadeia-te os sonhos com o brilho dos olhos. Diz-me, meu amor, se ainda é com o presente de um sorriso que te levantas graças a um beijo meu. Diz-me, meu amor, se os melhores pratos que devoras, ainda são os que eu preparo. Conta-me, meu amor, se expiras em silêncio quando procuro noticias tuas. Belisca-me se estiver a sonhar. Mas dormes, tão sereno, tão sublime, tão.. às fotografias que a tua mãe não se cansava de me mostrar. Já não te sinto comigo quando me derreto em ti, nas noites eternas, geladas. Eu suo do amor diluído no teu prazer cansado. Se me amasses com o mesmo pedaço de amor que te lanço enquanto dormes. Se ao menos, todos os dias pudessem ser aquele dia, sabes? Aquele dia. Belisca-me, meu amor, se estiver a sonhar.

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