15/10/10

sonha comigo


Não tenho dado notícias e sinto-me hoje, finalmente, com coragem de cair em mim. Custa-me muito pensar quando nem os sonhos me embalam. Sim, custa muito. E custa ainda mais saber que uso, desfruto, desejo, anseio, alicio, sonhos que invento. Não quero inventar sonhos. Quero sonhos reais. E são muito dispendiosos, são muito arriscados, são muito estranhos, assim assustam, logo fogem. Cobrem-me paredes que ressoam em mim palavras de morte, pálidas, frias, negras, prisioneiras delas mesmas. Ameaçam-me Segunda-Feira, Terça-feira e o meu coração dorme Quarta. Desperta a sangue-frio Quinta-Feira no eco ansioso de Sexta, para a correria do Sábado e Domingo, sóis, chuvas, passeios intermináveis. Eu só quero viver contigo, meu sonho, tu não dóis senão quando vais. Senão quando vais.

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